Ler e escrever na cultura digital: Nas culturas que nãoconheciam a escrita a historia se dava através de narrativas onde o narrador relatava experiências passadas. Era uma espécie de historia encarnada nas pessoas, o saber e a inteligência se praticavam e identificavam com a memoria, em especial a auditiva. A escrita inaugurou uma segunda etapa na historia humana por isso mudaram as relações entre o individuo e a memoria social, e com isso o sujeito pôde projetar sua visãode mundo. O saber que era condicionado pela subjetividade se tornou objetivo e possível de se distância. A ambição teórica seráa construção de enunciados que falem por si mesmo, sem a necessidade de mediadores ou intérpretes. A escola entende a parti das categorias próprias da cultura escrita e é porisso que pode se dizer queDurante muito tempo o conhecimento se dava através do conhecimento oral, as pessoas passavam o seu saber transmitindo umas a outras, o conhecimento através da fala, as pessoas si informavam umas com as outras através daquilo que se ouviam. As informações iam se registrando na mente do povo, e com isso produzia um impacto nas mentes onde produzia informações em suas mentes, quando o conhecimento cultural, adquiridas de geração para geração com a invenção da escrita mudou se a visão do mundo, e surgiu se a cultura digital, ou seja, passouse a utilizar o ler e o escrever nos moldes contemporâneos, a escrita surgiu como uma etapa na historia da humanidade, onde mudou se a visão social, as pessoas passou a projetar na escrita o conhecimento daquilo que se pensava. A escrita na cultura digital trás a revelação e a decifração de uma mensagem de um texto, onde o ser humanopassou a interpretar com sua própria visão. Com o surgimento da leitura digital o homem produziu textos, hipertextos, imagem, e o consumismo em aparelhos digitais, surgiram se normas impostas na língua escrita, imagens, palavras e sons, usados como recursos de oralidade. Ler e escrever em cultura digital traz informações de uma tecnologia globalizada onde o conhecimento acontece através de fatos e experiências da escrita moderna e atualizada e do usa da tecnologia como fundamento para produzir o recurso pedagógico do saber cultural, humano e intelectual.
RAMAL, Andrea Cecilia. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: Revista Pátio, ano 4, no. 14, agosto-outubro 2000, p. 21-24.
Nesse tempo onde a escrita era totalmente inexistente e a forma usada para transmitir a história seria a técnica de narrativa de pessoa para pessoa sendo assim as histórias muitas vezes repetidas acabavam perdendo dados importantes, pois a essência da história se perdia com a morte dos seus contadores de historias mais velhos. Com a chegada da escrita tudo muda, pois a escrita retrata fatos que fica registrado em documentos que além de passar por um processo de evolução também pode-se dizer que a escrita surgiu para organizar a vida cotidiana da sociedade de uma forma geral.Sendo assim o conto cedeu espaço para a escrita que ofereceu mais legitimidade,pois a cultura precisava da escrita para se completar.Através da escrita o mundo tomou novos rumos,em toda as áreas sociais. A escola surge então a partir disso para reforçar o crescimento da escrita a cada dia foi burilando a forma da escrita com constantes melhoras e o ensino através de livros didáticos buscando sempre mostrar pro estudante maneiras eficazes de aprendizado para compreensão do mesmo.Pois é sabido que a fala e a escrita tem uma importância muito grande para a humanidade Mesmo observando impasse entre monologismo e polifonia a leitura consegue sobressair. A cibercultura algo moderno se parece com outro mundo comunicativo onde pessoas conseguem em uma mesma rede para se comunicar. Se antes na escrita pensava-se em construir o futuro, hoje vale mais o momento nessa nova opção. Daí vem o hipertexto nova forma de comunicação, algo que vai além do texto. O hipertexto corresponde a cada site na internet as redes possui seus autores não se concentra só em um, o hipertexto veio revolucionar a maneira do individuo interagir, nessa interação os participantes podem dialogar entre si, formando parcerias abrindo assim novos caminhos e construindo ao mesmo tempo a pedagogia intercultural que é troca de valores em conhecimentos. Nesse modo haverá um reconhecimento de experiências de um para com o outro, fazendo assim um hipertexto contemporâneo de muitas experiências e ajuda mútua, sendo para o professor a tarefa de inovar para que aja crescimento do grupo.
Cultura digital é com certeza uma grande sala de aula aberta, participativa. “Ler e escrever na cultura digital” explica a mudança da organização do conhecimento ocorrida com o meio virtual, em decorrência das novas maneiras de ler, escrever, enfim, de se relacionar com a escrita, guardiã dos saberes, antes apenas transmitidos oralmente, por meio de histórias, mitos. O texto nos leva a refletir sobre a evolução da escrita, onde nas culturas que não se conheciam a escrita, o saber e a inteligência praticamente se identificavam com a memória, em especial a auditiva; o mito funcionava como estratégia para garantir a preservação de crenças e valores alem de nos trazer muitas mudanças, pois podemos ter uma visão de mundo, a nossa cultura, os nossos sentimentos e vivências, e desta forma podemos analisar o próprio conhecimento das coisas e do mundo e fazer chegar a outros, culturas de outros lugares e de outros tempos nos ajudando a descobrir novos horizontes, novas descobertas, novas pessoas, crenças, raça, cor, religião e nos aproximando do que realmente é verdadeiro dos nossos antepassados de tudo aquilo que nos liga ao mundo de forma rápida. A educação a distância tem sido invocada como solução para as carências educacionais potencializam o ensino a distância, reforçando a idéia amplitude à educação principalmente nas escolas pública e na graduação de novos profissionais, apresentado como solução para problemas educacionais, o ensino a distância converte-se em domínio no qual se apresentado como solução para problemas educacionais, o ensino a distância converte-se em domínio no qual se interessem os políticos e econômicos de caráter restrito.
Nas culturas que não conheciam a escrita, as histórias eram relatadas através de narrativas orais. A escrita inaugurou uma segunda etapa na humanidade. Com ela o ser humano pôde projetar sua visão mundial com relação à cultura, sentimentos e vivências. A escrita relativiza o papel da memória, é um auxiliar cognitivo situado fora do sujeito e também a escrita traz sentido de linearidade. Na escola se entende a partir das categorias próprias da cultura escrita, a sua organização se faz sobre o conhecimento objetivo dos fatos. Também assim se dá a relação com os textos, que falam por si mesmos, cabe ao aluno descobrir o que o autor quis dizer. Ler equivale a compreender o que foi expresso, buscando acesso a lei universal. O texto é retirado se sua função social viva, ou contexto, suas raízes e suas histórias. O conhecimento escolar da cultura se estruturou como as páginas de um livro, apesar de tê-lo objetivado no papel a escola não prescindiu do conhecimento memorizado. A cultura escrita raramente chega sem violência. T Astle escreveu em 1874 que a mais nobre aquisição da humanidade é a fala, e a arte mais sutil é a escrita. Visão similar ainda existe, alguns povos da África, como Moçambique é compelido a se alfabetizar no idioma dominante, sendo inevitável o abandono da língua materna. Segundo Lopes (1998) “a política lingüística moçambicana está ainda na pós-independência. Há também no Brasil uma realidade análoga com relação a educação das crianças, que são impostas a aprender as normas da língua “culta”, desprezando os saberes que elas trazem do seu próprio meio cultural. A escola que conhecemos até agora tem muito mais de monologismo do que polifonia; estes são conceitos do lingüista russo Mikhail Bakhtin. Uma escola monológica é aquela que um único sentido sobressai, impedindo os demais de vir à tona, já a polifonia é um jogo dramático de vozes, como diz Bakhtin, anular a polifonia é anular o diálogo. A cibercultura Vivemos em uma época com o ritmo muito veloz, como Lévy afirma em (1993), não há ponto limite, não há horizonte, ou seja, não há um “fim” no término da linha. Na era da escrita o que vale é, o que ocorre no preciso momento, o hipertexto retrata bem isto, é uma nova forma de escrita e de comunicação da sociedade. O hipertexto implica novas formas de ler, escrever, pensar e aprender, com tudo isso o hipertexto está acima do texto, dentro do hipertexto existem vários links, que permitem caminhos para outras janelas, conectando-se a novos textos. O hipertexto é subversivo ao monologismo, ele é subversivo na relação entre autor e leitor, também é subversivo com a linearidade, a forma e o hipertexto é subversivo até com a postura física do leitor. Não há dúvida que o hipertexto é uma grande evolução, porque tudo começou do livro de rolo, depois ao livro encadernado que permitia virar várias páginas uma após outra, hoje passamos a um texto totalmente maleável, não tem os encantos do pergaminho ou do papel, mas permite a visibilidade das janelas, a abertura de múltiplas caixas de texto. O que muda é que o texto não é mais algo palpável, mas feito de bites. Piaget, Vygotsky, Ferreiro iluminaram a reconstrução dos métodos e processos de alfabetização na escola visando garantir ao aluno um papel mais ativo, graças a eles e outros, pudemos saber como o aluno pensa e constrói o conhecimento.
A cultura dominante se estrutura ao redor da vontade de poder. Praticamente em todos os países as festas nacionais e seus heróis são ligados a feitos de guerra e de violência. Nessa cultura o militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para a cultura da paz. Por detrás da violência funcionaram poderosas estruturas, em toda nossa história a violência está presente, desde o surgimento do planeta pelo big bang, a extinção dos dinossauros. Possivelmente a própria inteligência nos foi dada para pormos limites a violência e conferir-lhe um sentido construtivo. Somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou a dominação do homem sobre a mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas sobre mecanismos de violência como o Estado, as classes. Essa cultura patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos conflitos. Sobre esta vasta base se formou a cultura do capital, hoje globalizada. A essa cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje ela é imperativa. O próprio processo antroprogênico a nos fornecer indicações objetivas e seguras. A singularidade do 1% de carga genética que nos separa dos primatas superiores reside no fato de que nós, à distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos da natureza e co-pilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de re-engenharia da violência mediante processos civilizatórios de contenção e uso de racionalidade. Há muito que filósofos da estatura de Martin Heidegger, resgatando uma antiga tradição que remonta aos tempos de César Augusto, vêem no cuidado a essência do ser humano. Sem cuidado ele não vive nem sobrevive. Tudo precisa de cuidado para continuar a existir. Cuidado representa uma relação amorosa para com a realidade. Onde vige cuidado de uns para com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou Freud. A cultura da paz começa quando se cultiva a memória e o exemplo de figuras que representam o cuidado e a vivência da dimensão de generosidade que nos habita, como Gandhi, Dom Helder Câmara e Luther King e outros.
Nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais: o narrador relatava as experiências passadas a ouvintes que participavam do mesmo contexto comunicacional. A escrita inaugurou uma segunda etapa na história humana, com ela mudaram as relações entre o indivíduo e a memória social. A escrita relativa o papel da memória e é como se fosse o auxiliar cognitivo situado fora do sujeito, ela torna presente e a temporal a palavra dos líderes, sua realizações, suas leis, sendo assim ajuda a tecer linha após linha as páginas da história.
A possibilidade de tratamento objetivo dos fatos e das experiências advinda da escrita traz, por outro lado, a desconfiança quanto ao efetivo entendimento das mensagens. Ler equivale a compreender o que foi expresso, como buscando acesso a uma lei universal. O texto é retirado de sua função social viva, seu contexto, suas raízes e sua história. A cultura escrita raramente chega sem violência, inclusive porque, devido ao prestígio que os sistemas alfabetizados adquiriam acaba se designando a cultura oral como inferior.
Uma escola monológica é aquela que um único sentido sobressai, impedindo os demais de virem à tona. A conexão simultânea dos atores da comunicação a uma mesma rede trás uma relação totalmente nova com os conceitos de contexto, espaço e temporalidade. Ao contrário vivemos uma fragmentação do tempo, numas séries de presentes ininterruptos, que não se sobrepõe uns aos outros, como páginas de um livro mas existem simultaneamente, em tempo real, com intensidade múltiplas que variam de acordo com o momento.
O hipertexto é subversivo com relação à linearidade. A linearidade, que teve data de nascimento, o aparecimento da escrita e papel determinante no pensamento ocidental, tem agora nesta nova interface o momento de seu declínio. Um hipertexto é subversivo com a forma, ele amplia os recursos expressivos do texto escrito na possibilidade de articular imagens, palavras e sons.
A escrita trouxe uma forma de transmissão da história através de um encaderna mento tirando a transmissão das narrativas orais. Este saber também trouxe problemas, pois era distanciada e colocava o mundo como se fosse um livro a ser decifrado e a maioria das vezes descartava os saberes que o leitor trás do próprio meio cultural exigindo uma linguagem culta por exigência escolar. Hoje com o ritmo acelerado que se vive a Cibercultura facilitou o acesso do homem no meio virtual, vivemos uma fragmentação do tempo, numa série de presentes ininterruptos que não se sobrepõe uns aos outros, com páginas de um livro mas existem simultaneamente , em tempo real, com intensidades múltiplas que variam de acordo com o momento. Enquanto na hera da escrita o mote é construir o futuro, hoje vale o que ocorre neste preciso momento. O hipertexto é uma nova forma de escrita e de comunicação na sociedade virtual, é também uma espécie de metáfora que vale para as outras dimensões da realidade. Mudando a relação com o objeto o texto deixa de ser impresso e passa a ser bytes.
LER E ESCREVER NA CULTURA DIGITAL Autora: Andrea Cecilia Ramal
Nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais. Era uma espécie encarnada nas pessoas, o saber e a inteligência se identificavam com a memória, em especial a auditiva. A escrita inaugura uma segunda etapa na história humana. O sujeito pôde projetar sua visão de mundo suas culturas, seus sentimentos e vivências, no papel. Assim ajuda tecer, linha após linha, as páginas da história, em vez das narrativas orais, a escrita traz o sentido de linearidade. O distanciamento pela grafia permite o registro das experiências, das hipóteses, documentário de comprovações, de teorias e paradigmas, esta dualidade se reflete em direção à objetividade, como fosse um livro a ser lido. A ambição teórica será a construção de enunciados que falem por se meso, sem necessidade de mediadores ou intérpretes. Também assim se a relação com os textos, que falam por se mesmo Nesse ponto a escola é herdeira da tradição positivista, e do esruturialismo, e do fenômeno social de cada sujeito, seguindo a busca da valorização da individualidade de fenômeno estático, direcionando o ensino. A escola como conhecemos agora tem muito de monologismo do que polifonia. A conexão dos autores, a uma mesma rede com conceitos de contextos, espaço e oralidade das culturas letradas, como linha, como ponto, ou seguimento de rede pela qual nos movimentamos.Trata-se de um ciberespaço conectado que desejem escrever uma parte do mega-texto pela inteligência coletiva. Um hipertexto é subversivo com relação a forma, ele amplia os recursos escrito do texto escrito , na possibilidade de imagens, palavras e sons.Verificamos que na medida que acrescenta a fala e a narração o vínculo com a palavra escrita e as ilustrações na hierarquia conquista o espaço da mensagem. Partindo princípio de cada método pedagógico revela uma concepção do ser humano sobre o modo de como aprender, é necessário verificar qual é o sujeito da educação de hoje. O papel do professor é decisivo nos conteúdos conceituais, como arquivo cognitivo, com suas diversas competências nos conteúdos atitudinais como educar, contando com o desafio de estimular a consciência crítica para que todos recursos, com base na justiça social seja de caráter e dignidade, o prefixo inter indica ênfase, nas conexões, no diálogo, reconhecendo que a experiência do outro, é fundamental para a construção da subjetividade visando a produção do saber coletivo, formando um contexto intelectual, e cultual de uma sociedade. Foi nas culturas não escritas que as narrativas orais tomaram vida, despertado uma linguagem cognitiva com base na experiência do indivíduo despertada o potencial do saber identificando características próprias de valores da memória auditiva. Esta modalidade cultural deu a sua parcela de contribuição no contexto família, do povo contemporâneo da época. O objetivo principal era a formação do individuo, investigando e exercitando a memória, sem desprezar a preservação de crença e valores de um povo, que ainda não tinham conceitos formado sobre lendas e mitos. A história inaugurou através da escrita registros importantes sobre a veracidade dos fatos, construindo um estudo moderno e eficaz no campo científico fortalecendo o conhecimento, e a objetividade das culturas escritas e não escritas. No cenário acadêmico a diversidade e a metodologia de ensino possibilitaram acesso e democratização educativa para todos valorizando a concepção do entendimento moderno das novas classes sócias.
RAMAL, Andrea Cecilia. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: Revista Pátio, ano 4, no. 14 agosto-outubro 2000, p. 21-24.
Nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais, era uma espécie de história encarnada na pessoa, o saber e a inteligência praticamente se identificavam com a memória, em especial a auditiva, o mito funcionava como estratégia para garantir a preservação de crenças e valores, a escrita inaugurou uma segunda etapa na história humana e aparti dela mudaram as relações entre os indivíduos e as memórias sociais. O saber que era condicionado pela subjetividade se tornou objetivo, a escrita relativiza o papel da memória, é como se fosse um auxiliar cognitivo situado fora do sujeito. Mas as memórias das culturas já não cabem apenas nos contos, elas são constituídos de documentos, registros históricos, e arquivos, tudo passa a estar inscrito numa cronologia À autoridade do autor sem a obra material, contrapõe-se a autoridade da obra sem necessidade da presença do autor, o texto fala por si mesmo, o distanciamento permite o registro das experiências e das hipóteses, o conhecimento especulativo, o documentário de comprovações, teorias e paradigmas. Mas a escrita por outro lado, traz a desconfiança quanto ao efetivo entendimento das mensagens. A escrita dá impulso às estruturas normativas e desempenha um papel fundamental na constituição do discurso científico. A escola se organiza a partir da cultura escrita, sua organização se faz sobre o conhecimento objetivo dos fatos, seu currículo se estrutura em função de saberes que pretendem funcionar como verdades permanentes, independentemente do contexto. Cabe ao leitor descobrir o que o autor quis dizer. A escola estuda a língua como fenômeno estático, direcionando o ensino para a sistematização das normas, o conhecimento escolar da cultura letrada se estruturou como as páginas de um livro linear, encadeado e segmentado. A escola costuma limitar a possibilidade de penetrar na experiência do outro com seus currículos rígidos, fundamentados sobre uma concepção racionalista e linear, se constitui como dominação da razão sobre outros saberes humanos. A cibercultura é culturas letradas, onde passam a uma percepção do tempo, mais do que como linhas, como pontos ou segmentos da imensa rede pela qual nos movimentamos. Ao contrário do que vivemos numa série de presentes ininterruptos, que não se sobrepõem uns aos outros. O megadesign hipertextual trata-se de um ciberespaço interativo e o hipertexto é uma nova forma de escrita e de comunicação da sociedade informático-mediática. O hipertexto é algo que está numa posição superior à do texto, dentro do hipertexto existem vários caminho para outras janelas. O hipertexto, reunião de vozes e olhares, em relação ao monologismo, é subversivo na relação entre autor e leitor é com relação à linearidade, o hipertexto é subversivo com relação à forma, e também à postura física do leitor. O que muda na alfabetização, no letramento e nos processos educacionais nesta cultura digital? Deveremos rever nossos referenciais teóricos, deveremos rever nossos currículos, as relações de poder que surgem na escola a partir dos instrumentos tecnológicos, a necessidade de reinventarmos a nossa profissão e que também devemos pensar o que significa construir uma pedagogia intercultural.
COMUNICAÇÃO EDUCATIVA NO CIBERESPAÇO OKADA, Alexandra Lilavati Pereira; Colégio Dante Alighieri e Pontifícia Universidade Católica PUC-SP. Edmea Oliveira dos Santos; Universidade Federal da Bahia- UFBA. As tecnologias digitais de comunicação e informação estão possibilitando muitas mudanças. Não só nas redes de máquinas e de informação, mas principalmente de pessoas e comunidades nos espaços de interação e de aprendizagem, onde qualquer usuário de qualquer ponto possa trocar informações rapidamente, rearticular ideias, individualmente e coletivamente, socializar saberes com todos os usuários da rede. E que a tradicional concepção de sala de aula, com alunos enfileirados diante de um professor-especialista detentor da informação deve ser modificada tanto nos ambientes presenciais quanto nos virtuais, isto significa uma nova concepção de aprendizagem, e o professor deve ocupar o papel de mediador pedagógico, para que a comunidade possa desenvolver as suas habilidades e competências, em busca de inovação, de um saber-fazer novo, mais consciente, crítico, individual e global, partindo de uma visão mais ampla de ambiente virtual de aprendizagem, atentaremos para os aspectos técnicos de utilização de artefatos gratuitos para construir e configurar o site do ambiente, estes artefatos permitem criar fóruns, listas de e-mail, salas de chat, portfólio para arquivos, bancos de dados, formulários, livros de assinaturas e até comunidades virtuais, possibilitando que todos os aprendizes e os participantes construam seus próprios ambientes de aprendizagem, tendo o cuidado de não tornarmos e nem formarmos usuários dependentes desses ambientes e sim, sujeitos críticos, criativos e inovadores, quanto mais facilidade os participantes tiverem em relação aos aspectos técnicos, mais tempo terão para se envolver com os conteúdos e participar ativamente do ambiente. É essencial sentir-se capaz e à vontade para navegar e habitat ao espaço virtual, destacamos também a estética como um fator primordial para um ambiente agradável e atraente, a troca de opiniões e o consenso entre os participantes contribuem para definição da melhor estética do espaço virtual. Além da estética é fundamental a contextualização, que possibilita compreender as circunstâncias no qual o ambiente foi criado, compartilhar significado entre participantes internos e externos, construir a identidade do ambiente, conhecer um pouco mais uns aos outros, identificar elementos comuns que permitam uns identificar os outros indivíduos ou grupos. Outro aspecto importante é a organização do ambiente que proporciona boa navegabilidade, que as interações e informações sejam agrupadas em assuntos bem definidos, além de possibilitar que o usuário não se perca, diante de tantas mensagens, favorecendo a reflexão e articulação do que já está previamente agrupado. Não basta mexer com a forma e com o conteúdo dos materiais ou estratégias de ensino. Gostaria de destacar que muitas comunidades e/ou gestores de AVA vem utilizando mecanismo de vigilância e punição próprias das instituições modernas em nome de uma “netqueta”. Através dos blogs os sujeitos podem editar e utilizar mensagem no formato hipertextual. O grande desafio da mediação pedagógica é gerenciar a complexidade entre os elementos e os feixes de interações, portanto tem um papel de destaque não somente no sentido de procurar ampliar as interações, como também garantir conexões de qualidade, acompanhar as mudanças, e atualizar constantemente o ambiente, incentivar o questionamento, troca de comentários, garantir na socialização das informações, respeitar ritmo do aluno, estimular a vontade e o desejo dos participantes, propiciar oportunidade para que pontos em comuns possam emergir entre as pessoas, e assim, favorecer a construção, cooperação, colaboração, autonomia e inovação. O comprometimento, a responsabilidade, o envolvimento e a cumplicidade possam a ser decorrência e não o alvo.
O ciberespaço e a escrita de si na contemporaneidade: repete o velho, o novo blog?
Rosa Meire Carvalho de Oliveira
A autora Rosa Meire Carvalho de Oliveira começa seu texto falando que as autobiografias criaram uma consciência de si, sobre si, indivíduos continuam usando o diário, a partir de seus próprios textos. Os modernos diaristas, querem dividir com o outro o seu olhar pelo mundo, numa busca que tem como meio o computador , trouxe velocidade na criação, postagem e atualização dos ciberdiários, democratizando o acesso em linguagem como html , ftp , com isso, qualquer pessoa que dominasse noções básicas de inglês poderia ter um weblog ou blog, possuir e manter em funcionamento um blog tem significado para elas a abertura de um espaço de expressão, principalmente, diários pessoais, conclui que o status de escritoras sem expressão era re¬sultado da discriminação sofrida pelas mulheres ao longo dos tempos, Homens criadores de escrita pública têm controlado o acesso do que é publicado o poder de decidir , de publicar, foi uma das mais importantes forças que fizeram silenciar a voz de mulheres diaristas. Nesse sentido, as produções femininas eram desvalorizadas, os milhares de diários de mulheres não ¬publicados estavam em arquivos – milhares, concluí, estavam nos porões. O blog hoje é um acesso a um espaço público que, apesar de ser limitado, é ilimitado ao mesmo tempo. Além disso, é poder escrever para muitas pessoas, interfaces digitais como homepages e blogs permitem que se crie um “eu virtual” pronto a interagir com outras pessoas que acessem a página pessoal do autor, o que está em jogo são formas de apresentação do eu no ciberespaço, tende a focar autores de blogs adultos do sexo masculino, ao atuarem como filtro de notícias, o conteúdo dos blogs privilegia eventos do mundo externo, embora a web tenha in¬corporado ao longo do tempo milhões de escribas à sua blogosfera, o discurso feminino nos blogs tem sofrido o mesmo tipo de preconceito que enfrentou a escrita de mulheres ao longo dos séculos, o fenômeno dos weblogs repete na rede o velho discurso masculino discriminatório contra as mulheres. Caberia aos “novíssimos” diaristas, a responsabilidade de atrair para si o olhar do outro, ao contrário do que acon¬tecia na Modernidade, confrontamos ao esforço de produção de identidades femininas no ciberespaço, ao longo da prática diarística tradicional de mulheres, da existência de filtros exercidos por referenciais sobre os modos masculino voltados para ação, em contra¬posição ao universo feminino, considerado menor. O importante na escrita dos blogs femininos não é exatamente seu significado mas a oportunidade ímpar que têm de construir suas próprias histórias, a partir de seus próprios textos. Os blogs femininos tratam de temas tão diversos como a técnica de bem aplicar uma tinta no cabelo, a tra¬gédia da economia, da falência dos valores, dos afectos, da conflitualidade na rua, no bairro e no mundo.
Leonardo Boff em seu texto quer nos mostrar que a sociedade atual vive mergulhada na violência e que cada vez mais dificulta a construção da paz em nosso meio, devido ao desamor ao próximo desde dentro de nossa própria família ate nos meios de comunicação que nos rodeiam, onde sempre os mais fortes dominam os mais fracos. No início percebe-se que o autor mostra um tanto impossível a construção da paz, mas ao mesmo tempo ele defende a tese de que nós seres humanos somos capazes de construir sim um mundo mais pacífico, mediante nossas atitudes que ainda são os principais meios para reverter esse quadro, pois somos seres socais e dependemos do outro para nossa sobrevivência, Segundo Boff cabe a cada um de nós nos empenhar nessa árdua tarefa que é a construção de uma cultura de paz no mundo, tendo a mesma como um projeto de vida.
Resumo do texto ''Ler e escrever na cultura digital'' Aluno: Juliassis Silva Lopes
No texto ''Ler e escrever na cultura digital'' a autora passa a ideia de que nas culturas que não tinham conhecimento da escrita, a historia era passada para os indiviuos de forma oral, uma pessoa relatava historias e experiencias passadas para outros membros daquela sociedade. Todavia a escrita proporcionou uma nova etapa na historia humana, com ela a relação entre individuo e memoria social mudou radicalmente. O individuo passa a poder projetar sua vivencia e conhecimento sobre fatos no papel. Aescrita passa a fazer um papel de lineariedade, a memoria de um povo ja não cabe mais em contos, assim ela toma forma de documentos, registros historicos e etc. Desta forma surge a necessidade da criação de discurssos cientificos, o conhecimento advindo da cultura escolar estruturou-se como as paginas de um livro; linear, encadeado e segmentado. Ramal transmite a ideia de que a cultura escrita dificilmente chega sem violência, isso devido ao prestigio que os sistemas alfabetizados adquiriram, dessa forma a cultura oral passa a ser enxergada como sendo inferior. As instituições escolares tem a caracteristica de limitar a possibilidade de expandir a experiência do outro, com seus metodos rigios, que são baseados em uma vizão racionalista e linear. A mesma geralmente acaba adotando a caracteristica do monologismo, o que acaba impedindo os demais virem a tona. Enquanto seria mais viavel trabalhar no sentido da polifonia, onde a dialetica é maior. Enquanto nos tempos da escrita o mote é construir o amanha, hoje vale é o que ocorre no presente. O hipertexto vem a ser algo que ultrapassa o proprio texto em si, existem diversos links que possibilitam um caminho para outras janelas, linkando algumas frases com textos novos,distante da linariedade da pagina. Cada pagina é feita por pessoas diferentes, assim elas possuem caracteristicas distintas. Educadores e educando precisam conhecer e entender melhor as novas tecnologias, para que o uso das mesmas possa potencializar o ensino e aprendizado, a era da informatização so tem a contribuir na busca pelo conhecimento.
OKADA, Alexandra Lilavati Pereira; Colégio Dante Alighieri e Pontifícia Universidade Católica PUC-SP. Edmea Oliveira dos Santos; Universidade Federal da Bahia- UFBA.
Cibercultura
As tecnologias intelectuais do nosso momento histórico relativizam a importância da memória, ao menos enquanto capacidade confinada ao cérebro humano. Não é preciso armazenar saberes: suportes digitais externos podem fazer isso por nós, para que nosso intelecto fique disponível para funções mais importantes e decisivas. Se avaliar é atribuir valor, e hoje um saber vale especialmente por sua utilidade e eficácia em função de propósitos e objetivos dos sujeitos em cada circunstância, mas se de suas condições para, em pouco tempo, encontrar informações necessárias para sua pesquisa em meio à infinidade de sites, livros, jornais e canais de TV, selecionar o que é relevante e pertinente e utilizar esses dados gerando novos conhecimentos a serviço dos demais, como leitor-autor, sujeito da comunicação e do processo cognitivo. Uma época em que o aluno não tinha facilidade de acesso aos saberes, e o professor era o único responsável por transmiti-los. Hoje já temos diferentes bagagens culturais na sala, além de interesses bem definidos. O acesso às informações dentro, e principalmente, fora da escola, torna ingênua a tentativa de estabelecer planejamentos rígidos e esquemas antecipados de aprendizagem. Todas as trajetórias são individuais, e a educação precisa ser personalizada. Os grupos surgirão deste modo, em função de parcerias e projetos comuns, formados a partir da complementação de competências para a aprendizagem cooperativa.
RAMAL, Andrea Cecilia. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: Revista Pátio, ano 4, no. 14 agosto-outubro 2000, p. 21-24.
Andrea Cecília Ramal inicia o artigo, “ler e escrever na cultura digital’’ apontando o fato de que nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais. Essa escrita inaugurou uma segunda etapa na história humana; com ela mudaram as relações entre o individuo e a memória social. O saber e a inteligência praticamente se identificavam com a memória, em especial a auditiva. Com isso,a escrita relativiza o papel da memória,como se fosse um auxiliar cognitivo situado fora do sujeito,ela torna presente e atemporal a palavra dos líderes,como suas realizações e suas leis,ajudando assim á trazer o sentido da linearidade. A escola vai se fundamentar na cultura escrita, organizando-se sobre o conhecimento objetivo dos fatos e sua estrutura curricular pretende funcionar como verdades permanentes, absolutas e universais, independente do contexto. É dessa forma que a língua é estudada na escola, supervalorizando a objetividade e a neutralidade, sem dar espaço a diversidade de interpretações, para as intenções dos falantes. Para a escola, nesse momento, a língua é um fenômeno estático. Ler é compreender o que foi expresso, retirando do texto a sua função social viva, seu contexto, suas raízes e sua história. A escola estruturou-se como um livro: linear, encadeado e segmentado. Para tudo é preciso de pré-requisito. Em nossas escolas impomos as normas da língua “culta” desprezando os saberes de “outros” meios culturais. Exclui-se a dimensão criadora e a língua passa a servir até mesmo como um instrumento de reprodução do sistema. Anulamos o diálogo e a reconstrução possível de sentidos, fechando o acesso que só poderia ser completado pelo leitor. Para a autora as rupturas são tão radicais que exigirão, no campo educacional de uma releitura de Piaget, Vygotysky e Emília Ferreiro, e com a passagem do linear para o hipertextual, uma linguagem móvel e flexível, nossos currículos têm que ser revistos. E no campo relacional parece que as parcerias e a aprendizagem em conjunto serão inevitáveis. A escola precisa abrir-se ao outro, reconhecendo que a experiência do outro é fundamental para a constituição da subjetividade e para a produção de saber coletivo. Quanto ao espacial, construirmos uma escola aberta à pluralidade de vozes, todas as falas e todos os textos. Para ela a profissão de professor precisa ser reinventada, ela vê o professor como alguém que vem dialogar e criar condições necessárias para que todas as vozes sejam ouvidas e cresçam juntas. Agora podemos projetar a nossa visão de mundo, a nossa cultura, os nossos sentimentos e vivências, e desta forma podemos analisar o próprio conhecimento das coisas e do mundo e fazer chegar a outros, culturas de outros lugares e de outros tempos. Agora a experiência pode ser compartilhada sem que o autor e o leitor participem necessariamente do mesmo contexto. A escrita vai ajudar a tecer as páginas da História através de documentos, vestígios, registros históricos, datas e arquivos, relativizando o papel da memória, e trazendo o sentido de linearidade, tudo passa a estar inscrito num formato cronológico. E o registro das experiências e das hipóteses, o conhecimento especulativo, o documento de comprovação, a compilação de teorias e paradigmas é que propicia o desenvolvimento da Ciência.
Ler e escrever na cultura digital:
ResponderExcluirNas culturas que nãoconheciam a escrita a historia se dava através de narrativas onde o narrador relatava experiências passadas. Era uma espécie de historia encarnada nas pessoas, o saber e a inteligência se praticavam e identificavam com a memoria, em especial a auditiva.
A escrita inaugurou uma segunda etapa na historia humana por isso mudaram as relações entre o individuo e a memoria social, e com isso o sujeito pôde projetar sua visãode mundo. O saber que era condicionado pela subjetividade se tornou objetivo e possível de se distância.
A ambição teórica seráa construção de enunciados que falem por si mesmo, sem a necessidade de mediadores ou intérpretes. A escola entende a parti das categorias próprias da cultura escrita e é porisso que pode se dizer queDurante muito tempo o conhecimento se dava através do conhecimento oral, as pessoas passavam o seu saber transmitindo umas a outras, o conhecimento através da fala, as pessoas si informavam umas com as outras através daquilo que se ouviam. As informações iam se registrando na mente do povo, e com isso produzia um impacto nas mentes onde produzia informações em suas mentes, quando o conhecimento cultural, adquiridas de geração para geração com a invenção da escrita mudou se a visão do mundo, e surgiu se a cultura digital, ou seja, passouse a utilizar o ler e o escrever nos moldes contemporâneos, a escrita surgiu como uma etapa na historia da humanidade, onde mudou se a visão social, as pessoas passou a projetar na escrita o conhecimento daquilo que se pensava.
A escrita na cultura digital trás a revelação e a decifração de uma mensagem de um texto, onde o ser humanopassou a interpretar com sua própria visão.
Com o surgimento da leitura digital o homem produziu textos, hipertextos, imagem, e o consumismo em aparelhos digitais, surgiram se normas impostas na língua escrita, imagens, palavras e sons, usados como recursos de oralidade.
Ler e escrever em cultura digital traz informações de uma tecnologia globalizada onde o conhecimento acontece através de fatos e experiências da escrita moderna e atualizada e do usa da tecnologia como fundamento para produzir o recurso pedagógico do saber cultural, humano e intelectual.
Lenicacia Soares de Oliveira
Nas culturas que não conheciam a escrita
ResponderExcluirRAMAL, Andrea Cecilia. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: Revista Pátio, ano 4, no. 14, agosto-outubro 2000, p. 21-24.
Nesse tempo onde a escrita era totalmente inexistente e a forma usada para transmitir a história seria a técnica de narrativa de pessoa para pessoa sendo assim as histórias muitas vezes repetidas acabavam perdendo dados importantes, pois a essência da história se perdia com a morte dos seus contadores de historias mais velhos.
Com a chegada da escrita tudo muda, pois a escrita retrata fatos que fica registrado em documentos que além de passar por um processo de evolução também pode-se dizer que a escrita surgiu para organizar a vida cotidiana da sociedade de uma forma geral.Sendo assim o conto cedeu espaço para a escrita que ofereceu mais legitimidade,pois a cultura precisava da escrita para se completar.Através da escrita o mundo tomou novos rumos,em toda as áreas sociais.
A escola surge então a partir disso para reforçar o crescimento da escrita a cada dia foi burilando a forma da escrita com constantes melhoras e o ensino através de livros didáticos buscando sempre mostrar pro estudante maneiras eficazes de aprendizado para compreensão do mesmo.Pois é sabido que a fala e a escrita tem uma importância muito grande para a humanidade
Mesmo observando impasse entre monologismo e polifonia a leitura consegue sobressair.
A cibercultura algo moderno se parece com outro mundo comunicativo onde pessoas conseguem em uma mesma rede para se comunicar. Se antes na escrita pensava-se em construir o futuro, hoje vale mais o momento nessa nova opção.
Daí vem o hipertexto nova forma de comunicação, algo que vai além do texto. O hipertexto corresponde a cada site na internet as redes possui seus autores não se concentra só em um, o hipertexto veio revolucionar a maneira do individuo interagir, nessa interação os participantes podem dialogar entre si, formando parcerias abrindo assim novos caminhos e construindo ao mesmo tempo a pedagogia intercultural que é troca de valores em conhecimentos. Nesse modo haverá um reconhecimento de experiências de um para com o outro, fazendo assim um hipertexto contemporâneo de muitas experiências e ajuda mútua, sendo para o professor a tarefa de inovar para que aja crescimento do grupo.
Polibio José dos Santos Filho
Ler e escrever na cultura digital
ResponderExcluirCultura digital é com certeza uma grande sala de aula aberta, participativa. “Ler e escrever na cultura digital” explica a mudança da organização do conhecimento ocorrida com o meio virtual, em decorrência das novas maneiras de ler, escrever, enfim, de se relacionar com a escrita, guardiã dos saberes, antes apenas transmitidos oralmente, por meio de histórias, mitos.
O texto nos leva a refletir sobre a evolução da escrita, onde nas culturas que não se conheciam a escrita, o saber e a inteligência praticamente se identificavam com a memória, em especial a auditiva; o mito funcionava como estratégia para garantir a preservação de crenças e valores alem de nos trazer muitas mudanças, pois podemos ter uma visão de mundo, a nossa cultura, os nossos sentimentos e vivências, e desta forma podemos analisar o próprio conhecimento das coisas e do mundo e fazer chegar a outros, culturas de outros lugares e de outros tempos nos ajudando a descobrir novos horizontes, novas descobertas, novas pessoas, crenças, raça, cor, religião e nos aproximando do que realmente é verdadeiro dos nossos antepassados de tudo aquilo que nos liga ao mundo de forma rápida.
A educação a distância tem sido invocada como solução para as carências educacionais potencializam o ensino a distância, reforçando a idéia amplitude à educação principalmente nas escolas pública e na graduação de novos profissionais, apresentado como solução para problemas educacionais, o ensino a distância converte-se em domínio no qual se apresentado como solução para problemas educacionais, o ensino a distância converte-se em domínio no qual se interessem os políticos e econômicos de caráter restrito.
Aluna: Janielly Sousa Santos G-25
Ler e escrever na cultura digital
ResponderExcluirNas culturas que não conheciam a escrita, as histórias eram relatadas através de narrativas orais. A escrita inaugurou uma segunda etapa na humanidade. Com ela o ser humano pôde projetar sua visão mundial com relação à cultura, sentimentos e vivências. A escrita relativiza o papel da memória, é um auxiliar cognitivo situado fora do sujeito e também a escrita traz sentido de linearidade.
Na escola se entende a partir das categorias próprias da cultura escrita, a sua organização se faz sobre o conhecimento objetivo dos fatos. Também assim se dá a relação com os textos, que falam por si mesmos, cabe ao aluno descobrir o que o autor quis dizer. Ler equivale a compreender o que foi expresso, buscando acesso a lei universal. O texto é retirado se sua função social viva, ou contexto, suas raízes e suas histórias.
O conhecimento escolar da cultura se estruturou como as páginas de um livro, apesar de tê-lo objetivado no papel a escola não prescindiu do conhecimento memorizado.
A cultura escrita raramente chega sem violência. T Astle escreveu em 1874 que a mais nobre aquisição da humanidade é a fala, e a arte mais sutil é a escrita.
Visão similar ainda existe, alguns povos da África, como Moçambique é compelido a se alfabetizar no idioma dominante, sendo inevitável o abandono da língua materna. Segundo Lopes (1998) “a política lingüística moçambicana está ainda na pós-independência.
Há também no Brasil uma realidade análoga com relação a educação das crianças, que são impostas a aprender as normas da língua “culta”, desprezando os saberes que elas trazem do seu próprio meio cultural.
A escola que conhecemos até agora tem muito mais de monologismo do que polifonia; estes são conceitos do lingüista russo Mikhail Bakhtin. Uma escola monológica é aquela que um único sentido sobressai, impedindo os demais de vir à tona, já a polifonia é um jogo dramático de vozes, como diz Bakhtin, anular a polifonia é anular o diálogo.
A cibercultura
Vivemos em uma época com o ritmo muito veloz, como Lévy afirma em (1993), não há ponto limite, não há horizonte, ou seja, não há um “fim” no término da linha.
Na era da escrita o que vale é, o que ocorre no preciso momento, o hipertexto retrata bem isto, é uma nova forma de escrita e de comunicação da sociedade. O hipertexto implica novas formas de ler, escrever, pensar e aprender, com tudo isso o hipertexto está acima do texto, dentro do hipertexto existem vários links, que permitem caminhos para outras janelas, conectando-se a novos textos. O hipertexto é subversivo ao monologismo, ele é subversivo na relação entre autor e leitor, também é subversivo com a linearidade, a forma e o hipertexto é subversivo até com a postura física do leitor.
Não há dúvida que o hipertexto é uma grande evolução, porque tudo começou do livro de rolo, depois ao livro encadernado que permitia virar várias páginas uma após outra, hoje passamos a um texto totalmente maleável, não tem os encantos do pergaminho ou do papel, mas permite a visibilidade das janelas, a abertura de múltiplas caixas de texto. O que muda é que o texto não é mais algo palpável, mas feito de bites.
Piaget, Vygotsky, Ferreiro iluminaram a reconstrução dos métodos e processos de alfabetização na escola visando garantir ao aluno um papel mais ativo, graças a eles e outros, pudemos saber como o aluno pensa e constrói o conhecimento.
Aluno: Marcus Roberto Correia.
CULTURA DA PAZ
ResponderExcluirA cultura dominante se estrutura ao redor da vontade de poder. Praticamente em todos os países as festas nacionais e seus heróis são ligados a feitos de guerra e de violência. Nessa cultura o militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para a cultura da paz.
Por detrás da violência funcionaram poderosas estruturas, em toda nossa história a violência está presente, desde o surgimento do planeta pelo big bang, a extinção dos dinossauros. Possivelmente a própria inteligência nos foi dada para pormos limites a violência e conferir-lhe um sentido construtivo.
Somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou a dominação do homem sobre a mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas sobre mecanismos de violência como o Estado, as classes. Essa cultura patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos conflitos. Sobre esta vasta base se formou a cultura do capital, hoje globalizada. A essa cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje ela é imperativa.
O próprio processo antroprogênico a nos fornecer indicações objetivas e seguras. A singularidade do 1% de carga genética que nos separa dos primatas superiores reside no fato de que nós, à distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos da natureza e co-pilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de re-engenharia da violência mediante processos civilizatórios de contenção e uso de racionalidade.
Há muito que filósofos da estatura de Martin Heidegger, resgatando uma antiga tradição que remonta aos tempos de César Augusto, vêem no cuidado a essência do ser humano. Sem cuidado ele não vive nem sobrevive. Tudo precisa de cuidado para continuar a existir. Cuidado representa uma relação amorosa para com a realidade. Onde vige cuidado de uns para com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou Freud. A cultura da paz começa quando se cultiva a memória e o exemplo de figuras que representam o cuidado e a vivência da dimensão de generosidade que nos habita, como Gandhi, Dom Helder Câmara e Luther King e outros.
Fernanda Ferreira Resende
Ler e escrever na cultura digital
ResponderExcluirNas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais: o narrador relatava as experiências passadas a ouvintes que participavam do mesmo contexto comunicacional. A escrita inaugurou uma segunda etapa na história humana, com ela mudaram as relações entre o indivíduo e a memória social. A escrita relativa o papel da memória e é como se fosse o auxiliar cognitivo situado fora do sujeito, ela torna presente e a temporal a palavra dos líderes, sua realizações, suas leis, sendo assim ajuda a tecer linha após linha as páginas da história.
A possibilidade de tratamento objetivo dos fatos e das experiências advinda da escrita traz, por outro lado, a desconfiança quanto ao efetivo entendimento das mensagens. Ler equivale a compreender o que foi expresso, como buscando acesso a uma lei universal.
O texto é retirado de sua função social viva, seu contexto, suas raízes e sua história.
A cultura escrita raramente chega sem violência, inclusive porque, devido ao prestígio que os sistemas alfabetizados adquiriam acaba se designando a cultura oral como inferior.
Uma escola monológica é aquela que um único sentido sobressai, impedindo os demais de virem à tona. A conexão simultânea dos atores da comunicação a uma mesma rede trás uma relação totalmente nova com os conceitos de contexto, espaço e temporalidade. Ao contrário vivemos uma fragmentação do tempo, numas séries de presentes ininterruptos, que não se sobrepõe uns aos outros, como páginas de um livro mas existem simultaneamente, em tempo real, com intensidade múltiplas que variam de acordo com o momento.
O hipertexto é subversivo com relação à linearidade. A linearidade, que teve data de nascimento, o aparecimento da escrita e papel determinante no pensamento ocidental, tem agora nesta nova interface o momento de seu declínio. Um hipertexto é subversivo com a forma, ele amplia os recursos expressivos do texto escrito na possibilidade de articular imagens, palavras e sons.
Aluna: Dienifer de Souza Oliveira
Ler e escrever na cultura digital
ResponderExcluirA escrita trouxe uma forma de transmissão da história através de um encaderna mento tirando a transmissão das narrativas orais.
Este saber também trouxe problemas, pois era distanciada e colocava o mundo como se fosse um livro a ser decifrado e a maioria das vezes descartava os saberes que o leitor trás do próprio meio cultural exigindo uma linguagem culta por exigência escolar.
Hoje com o ritmo acelerado que se vive a Cibercultura facilitou o acesso do homem no meio virtual, vivemos uma fragmentação do tempo, numa série de presentes ininterruptos que não se sobrepõe uns aos outros, com páginas de um livro mas existem simultaneamente , em tempo real, com intensidades múltiplas que variam de acordo com o momento. Enquanto na hera da escrita o mote é construir o futuro, hoje vale o que ocorre neste preciso momento.
O hipertexto é uma nova forma de escrita e de comunicação na sociedade virtual, é também uma espécie de metáfora que vale para as outras dimensões da realidade. Mudando a relação com o objeto o texto deixa de ser impresso e passa a ser bytes.
Aluna: Maria Aparecida Cruz Afonso
LER E ESCREVER NA CULTURA DIGITAL
ResponderExcluirAutora: Andrea Cecilia Ramal
Nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais. Era uma espécie encarnada nas pessoas, o saber e a inteligência se identificavam com a memória, em especial a auditiva. A escrita inaugura uma segunda etapa na história humana. O sujeito pôde projetar sua visão de mundo suas culturas, seus sentimentos e vivências, no papel. Assim ajuda tecer, linha após linha, as páginas da história, em vez das narrativas orais, a escrita traz o sentido de linearidade. O distanciamento pela grafia permite o registro das experiências, das hipóteses, documentário de comprovações, de teorias e paradigmas, esta dualidade se reflete em direção à objetividade, como fosse um livro a ser lido.
A ambição teórica será a construção de enunciados que falem por se meso, sem necessidade de mediadores ou intérpretes. Também assim se a relação com os textos, que falam por se mesmo Nesse ponto a escola é herdeira da tradição positivista, e do esruturialismo, e do fenômeno social de cada sujeito, seguindo a busca da valorização da individualidade de fenômeno estático, direcionando o ensino.
A escola como conhecemos agora tem muito de monologismo do que polifonia. A conexão dos autores, a uma mesma rede com conceitos de contextos, espaço e oralidade das culturas letradas, como linha, como ponto, ou seguimento de rede pela qual nos movimentamos.Trata-se de um ciberespaço conectado que desejem escrever uma parte do mega-texto pela inteligência coletiva. Um hipertexto é subversivo com relação a forma, ele amplia os recursos escrito do texto escrito , na possibilidade de imagens, palavras e sons.Verificamos que na medida que acrescenta a fala e a narração o vínculo com a palavra escrita e as ilustrações na hierarquia conquista o espaço da mensagem. Partindo princípio de cada método pedagógico revela uma concepção do ser humano sobre o modo de como aprender, é necessário verificar qual é o sujeito da educação de hoje.
O papel do professor é decisivo nos conteúdos conceituais, como arquivo cognitivo, com suas diversas competências nos conteúdos atitudinais como educar, contando com o desafio de estimular a consciência crítica para que todos recursos, com base na justiça social seja de caráter e dignidade, o prefixo inter indica ênfase, nas conexões, no diálogo, reconhecendo que a experiência do outro, é fundamental para a construção da subjetividade visando a produção do saber coletivo, formando um contexto intelectual, e cultual de uma sociedade.
Foi nas culturas não escritas que as narrativas orais tomaram vida, despertado uma linguagem cognitiva com base na experiência do indivíduo despertada o potencial do saber identificando características próprias de valores da memória auditiva. Esta modalidade cultural deu a sua parcela de contribuição no contexto família, do povo contemporâneo da época. O objetivo principal era a formação do individuo, investigando e exercitando a memória, sem desprezar a preservação de crença e valores de um povo, que ainda não tinham conceitos formado sobre lendas e mitos. A história inaugurou através da escrita registros importantes sobre a veracidade dos fatos, construindo um estudo moderno e eficaz no campo científico fortalecendo o conhecimento, e a objetividade das culturas escritas e não escritas. No cenário acadêmico a diversidade e a metodologia de ensino possibilitaram acesso e democratização educativa para todos valorizando a concepção do entendimento moderno das novas classes sócias.
Juracy Vieira Silva
LER E ESCREVER NA CULTURA DIGITAL
ResponderExcluirRAMAL, Andrea Cecilia. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: Revista
Pátio, ano 4, no. 14 agosto-outubro 2000, p. 21-24.
Nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais, era uma espécie de história encarnada na pessoa, o saber e a inteligência praticamente se identificavam com a memória, em especial a auditiva, o mito funcionava como estratégia para garantir a preservação de crenças e valores, a escrita inaugurou uma segunda etapa na história humana e aparti dela mudaram as relações entre os indivíduos e as memórias sociais. O saber que era condicionado pela subjetividade se tornou objetivo, a escrita relativiza o papel da memória, é como se fosse um auxiliar cognitivo situado fora do sujeito.
Mas as memórias das culturas já não cabem apenas nos contos, elas são constituídos de documentos, registros históricos, e arquivos, tudo passa a estar inscrito numa cronologia
À autoridade do autor sem a obra material, contrapõe-se a autoridade da obra sem necessidade da presença do autor, o texto fala por si mesmo, o distanciamento permite o registro das experiências e das hipóteses, o conhecimento especulativo, o documentário de comprovações, teorias e paradigmas.
Mas a escrita por outro lado, traz a desconfiança quanto ao efetivo entendimento das mensagens. A escrita dá impulso às estruturas normativas e desempenha um papel fundamental na constituição do discurso científico.
A escola se organiza a partir da cultura escrita, sua organização se faz sobre o conhecimento objetivo dos fatos, seu currículo se estrutura em função de saberes que pretendem funcionar como verdades permanentes, independentemente do contexto. Cabe ao leitor descobrir o que o autor quis dizer. A escola estuda a língua como fenômeno estático, direcionando o ensino para a sistematização das normas, o conhecimento escolar da cultura letrada se estruturou como as páginas de um livro linear, encadeado e segmentado. A escola costuma limitar a possibilidade de penetrar na experiência do outro com seus currículos rígidos, fundamentados sobre uma concepção racionalista e linear, se constitui como dominação da razão sobre outros saberes humanos.
A cibercultura é culturas letradas, onde passam a uma percepção do tempo, mais do que como linhas, como pontos ou segmentos da imensa rede pela qual nos movimentamos. Ao contrário do que vivemos numa série de presentes ininterruptos, que não se sobrepõem uns aos outros.
O megadesign hipertextual trata-se de um ciberespaço interativo e o hipertexto é uma nova forma de escrita e de comunicação da sociedade informático-mediática. O hipertexto é algo que está numa posição superior à do texto, dentro do hipertexto existem vários caminho para outras janelas. O hipertexto, reunião de vozes e olhares, em relação ao monologismo, é subversivo na relação entre autor e leitor é com relação à linearidade, o hipertexto é subversivo com relação à forma, e também à postura física do leitor.
O que muda na alfabetização, no letramento e nos processos educacionais nesta cultura digital?
Deveremos rever nossos referenciais teóricos, deveremos rever nossos currículos, as relações de poder que surgem na escola a partir dos instrumentos tecnológicos, a necessidade de reinventarmos a nossa profissão e que também devemos pensar o que significa construir uma pedagogia intercultural.
Aluna: Jane Kelly Santos Souza
COMUNICAÇÃO EDUCATIVA NO CIBERESPAÇO
ResponderExcluirOKADA, Alexandra Lilavati Pereira; Colégio Dante Alighieri e Pontifícia Universidade Católica PUC-SP. Edmea Oliveira dos Santos; Universidade Federal da Bahia- UFBA.
As tecnologias digitais de comunicação e informação estão possibilitando muitas mudanças. Não só nas redes de máquinas e de informação, mas principalmente de pessoas e comunidades nos espaços de interação e de aprendizagem, onde qualquer usuário de qualquer ponto possa trocar informações rapidamente, rearticular ideias, individualmente e coletivamente, socializar saberes com todos os usuários da rede.
E que a tradicional concepção de sala de aula, com alunos enfileirados diante de um professor-especialista detentor da informação deve ser modificada tanto nos ambientes presenciais quanto nos virtuais, isto significa uma nova concepção de aprendizagem, e o professor deve ocupar o papel de mediador pedagógico, para que a comunidade possa desenvolver as suas habilidades e competências, em busca de inovação, de um saber-fazer novo, mais consciente, crítico, individual e global, partindo de uma visão mais ampla de ambiente virtual de aprendizagem, atentaremos para os aspectos técnicos de utilização de artefatos gratuitos para construir e configurar o site do ambiente, estes artefatos permitem criar fóruns, listas de e-mail, salas de chat, portfólio para arquivos, bancos de dados, formulários, livros de assinaturas e até comunidades virtuais, possibilitando que todos os aprendizes e os participantes construam seus próprios ambientes de aprendizagem, tendo o cuidado de não tornarmos e nem formarmos usuários dependentes desses ambientes e sim, sujeitos críticos, criativos e inovadores, quanto mais facilidade os participantes tiverem em relação aos aspectos técnicos, mais tempo terão para se envolver com os conteúdos e participar ativamente do ambiente. É essencial sentir-se capaz e à vontade para navegar e habitat ao espaço virtual, destacamos também a estética como um fator primordial para um ambiente agradável e atraente, a troca de opiniões e o consenso entre os participantes contribuem para definição da melhor estética do espaço virtual. Além da estética é fundamental a contextualização, que possibilita compreender as circunstâncias no qual o ambiente foi criado, compartilhar significado entre participantes internos e externos, construir a identidade do ambiente, conhecer um pouco mais uns aos outros, identificar elementos comuns que permitam uns identificar os outros indivíduos ou grupos. Outro aspecto importante é a organização do ambiente que proporciona boa navegabilidade, que as interações e informações sejam agrupadas em assuntos bem definidos, além de possibilitar que o usuário não se perca, diante de tantas mensagens, favorecendo a reflexão e articulação do que já está previamente agrupado. Não basta mexer com a forma e com o conteúdo dos materiais ou estratégias de ensino.
Gostaria de destacar que muitas comunidades e/ou gestores de AVA vem utilizando mecanismo de vigilância e punição próprias das instituições modernas em nome de uma “netqueta”. Através dos blogs os sujeitos podem editar e utilizar mensagem no formato hipertextual. O grande desafio da mediação pedagógica é gerenciar a complexidade entre os elementos e os feixes de interações, portanto tem um papel de destaque não somente no sentido de procurar ampliar as interações, como também garantir conexões de qualidade, acompanhar as mudanças, e atualizar constantemente o ambiente, incentivar o questionamento, troca de comentários, garantir na socialização das informações, respeitar ritmo do aluno, estimular a vontade e o desejo dos participantes, propiciar oportunidade para que pontos em comuns possam emergir entre as pessoas, e assim, favorecer a construção, cooperação, colaboração, autonomia e inovação. O comprometimento, a responsabilidade, o envolvimento e a cumplicidade possam a ser decorrência e não o alvo.
EDINMARQUES SILVA PEREIRA
O ciberespaço e a escrita de si na contemporaneidade: repete o velho, o novo blog?
ResponderExcluirRosa Meire Carvalho de Oliveira
A autora Rosa Meire Carvalho de Oliveira começa seu texto falando que as autobiografias criaram uma consciência de si, sobre si, indivíduos continuam usando o diário, a partir de seus próprios textos. Os modernos diaristas, querem dividir com o outro o seu olhar pelo mundo, numa busca que tem como meio o computador , trouxe velocidade na criação, postagem e atualização dos ciberdiários, democratizando o acesso em linguagem como html , ftp , com isso, qualquer pessoa que dominasse noções básicas de inglês poderia ter um weblog ou blog, possuir e manter em funcionamento um blog tem significado para elas a abertura de um espaço de expressão, principalmente, diários pessoais, conclui que o status de escritoras sem expressão era re¬sultado da discriminação sofrida pelas mulheres ao longo dos tempos, Homens criadores de escrita pública têm controlado o acesso do que é publicado o poder de decidir , de publicar, foi uma das mais importantes forças que fizeram silenciar a voz de mulheres diaristas. Nesse sentido, as produções femininas eram desvalorizadas, os milhares de diários de mulheres não ¬publicados estavam em arquivos – milhares, concluí, estavam nos porões.
O blog hoje é um acesso a um espaço público que, apesar de ser limitado, é ilimitado ao mesmo tempo. Além disso, é poder escrever para muitas pessoas, interfaces digitais como homepages e blogs permitem que se crie um “eu virtual” pronto a interagir com outras pessoas que acessem a página pessoal do autor, o que está em jogo são formas de apresentação do eu no ciberespaço, tende a focar autores de blogs adultos do sexo masculino, ao atuarem como filtro de notícias, o conteúdo dos blogs privilegia eventos do mundo externo, embora a web tenha in¬corporado ao longo do tempo milhões de escribas à sua blogosfera, o discurso feminino nos blogs tem sofrido o mesmo tipo de preconceito que enfrentou a escrita de mulheres ao longo dos séculos, o fenômeno dos weblogs repete na rede o velho discurso masculino discriminatório contra as mulheres.
Caberia aos “novíssimos” diaristas, a responsabilidade de atrair para si o olhar do outro, ao contrário do que acon¬tecia na Modernidade, confrontamos ao esforço de produção de identidades femininas no ciberespaço, ao longo da prática diarística tradicional de mulheres, da existência de filtros exercidos por referenciais sobre os modos masculino voltados para ação, em contra¬posição ao universo feminino, considerado menor. O importante na escrita dos blogs femininos não é exatamente seu significado mas a oportunidade ímpar que têm de construir suas próprias histórias, a partir de seus próprios textos. Os blogs femininos tratam de temas tão diversos como a técnica de bem aplicar uma tinta no cabelo, a tra¬gédia da economia, da falência dos valores, dos afectos, da conflitualidade na rua, no bairro e no mundo.
João Faustino de Brito
CONSTRUÇÃO DA CULTURA DA PAZ
ResponderExcluirLeonardo Boff em seu texto quer nos mostrar que a sociedade atual vive mergulhada na violência e que cada vez mais dificulta a construção da paz em nosso meio, devido ao desamor ao próximo desde dentro de nossa própria família ate nos meios de comunicação que nos rodeiam, onde sempre os mais fortes dominam os mais fracos. No início percebe-se que o autor mostra um tanto impossível a construção da paz, mas ao mesmo tempo ele defende a tese de que nós seres humanos somos capazes de construir sim um mundo mais pacífico, mediante nossas atitudes que ainda são os principais meios para reverter esse quadro, pois somos seres socais e dependemos do outro para nossa sobrevivência, Segundo Boff cabe a cada um de nós nos empenhar nessa árdua tarefa que é a construção de uma cultura de paz no mundo, tendo a mesma como um projeto de vida.
Patricia dos Reis Pereira
Resumo do texto ''Ler e escrever na cultura digital''
ResponderExcluirAluno: Juliassis Silva Lopes
No texto ''Ler e escrever na cultura digital'' a autora passa a ideia de que nas culturas que não tinham conhecimento da escrita, a historia era passada para os indiviuos de forma oral, uma pessoa relatava historias e experiencias passadas para outros membros daquela sociedade. Todavia a escrita proporcionou uma nova etapa na historia humana, com ela a relação entre individuo e memoria social mudou radicalmente. O individuo passa a poder projetar sua vivencia e conhecimento sobre fatos no papel.
Aescrita passa a fazer um papel de lineariedade, a memoria de um povo ja não cabe mais em contos, assim ela toma forma de documentos, registros historicos e etc. Desta forma surge a necessidade da criação de discurssos cientificos, o conhecimento advindo da cultura escolar estruturou-se como as paginas de um livro; linear, encadeado e segmentado.
Ramal transmite a ideia de que a cultura escrita dificilmente chega sem violência, isso devido ao prestigio que os sistemas alfabetizados adquiriram, dessa forma a cultura oral passa a ser enxergada como sendo inferior.
As instituições escolares tem a caracteristica de limitar a possibilidade de expandir a experiência do outro, com seus metodos rigios, que são baseados em uma vizão racionalista e linear. A mesma geralmente acaba adotando a caracteristica do monologismo, o que acaba impedindo os demais virem a tona. Enquanto seria mais viavel trabalhar no sentido da polifonia, onde a dialetica é maior.
Enquanto nos tempos da escrita o mote é construir o amanha, hoje vale é o que ocorre no presente.
O hipertexto vem a ser algo que ultrapassa o proprio texto em si, existem diversos links que possibilitam um caminho para outras janelas, linkando algumas frases com textos novos,distante da linariedade da pagina. Cada pagina é feita por pessoas diferentes, assim elas possuem caracteristicas distintas.
Educadores e educando precisam conhecer e entender melhor as novas tecnologias, para que o uso das mesmas possa potencializar o ensino e aprendizado, a era da informatização so tem a contribuir na busca pelo conhecimento.
COMUNICAÇÃO EDUCATIVA NO CIBERESPAÇO
ResponderExcluirOKADA, Alexandra Lilavati Pereira; Colégio Dante Alighieri e Pontifícia Universidade Católica PUC-SP. Edmea Oliveira dos Santos; Universidade Federal da Bahia- UFBA.
Cibercultura
As tecnologias intelectuais do nosso momento histórico relativizam a importância da memória, ao menos enquanto capacidade confinada ao cérebro humano. Não é preciso armazenar saberes: suportes digitais externos podem fazer isso por nós, para que nosso intelecto fique disponível para funções mais importantes e decisivas. Se avaliar é atribuir valor, e hoje um saber vale especialmente por sua utilidade e eficácia em função de propósitos e objetivos dos sujeitos em cada circunstância, mas se de suas condições para, em pouco tempo, encontrar informações necessárias para sua pesquisa em meio à infinidade de sites, livros, jornais e canais de TV, selecionar o que é relevante e pertinente e utilizar esses dados gerando novos conhecimentos a serviço dos demais, como leitor-autor, sujeito da comunicação e do processo cognitivo.
Uma época em que o aluno não tinha facilidade de acesso aos saberes, e o professor era o único responsável por transmiti-los. Hoje já temos diferentes bagagens culturais na sala, além de interesses bem definidos. O acesso às informações dentro, e principalmente, fora da escola, torna ingênua a tentativa de estabelecer planejamentos rígidos e esquemas antecipados de aprendizagem. Todas as trajetórias são individuais, e a educação precisa ser personalizada. Os grupos surgirão deste modo, em função de parcerias e projetos comuns, formados a partir da complementação de competências para a aprendizagem cooperativa.
Marília Silva Leite
LER E ESCREVER NA CULTURA DIGITAL
ResponderExcluirRAMAL, Andrea Cecilia. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: Revista Pátio, ano 4, no. 14 agosto-outubro 2000, p. 21-24.
Andrea Cecília Ramal inicia o artigo, “ler e escrever na cultura digital’’ apontando o fato de que nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais. Essa escrita inaugurou uma segunda etapa na história humana; com ela mudaram as relações entre o individuo e a memória social. O saber e a inteligência praticamente se identificavam com a memória, em especial a auditiva. Com isso,a escrita relativiza o papel da memória,como se fosse um auxiliar cognitivo situado fora do sujeito,ela torna presente e atemporal a palavra dos líderes,como suas realizações e suas leis,ajudando assim á trazer o sentido da linearidade.
A escola vai se fundamentar na cultura escrita, organizando-se sobre o conhecimento objetivo dos fatos e sua estrutura curricular pretende funcionar como verdades permanentes, absolutas e universais, independente do contexto. É dessa forma que a língua é estudada na escola, supervalorizando a objetividade e a neutralidade, sem dar espaço a diversidade de interpretações, para as intenções dos falantes. Para a escola, nesse momento, a língua é um fenômeno estático. Ler é compreender o que foi expresso, retirando do texto a sua função social viva, seu contexto, suas raízes e sua história. A escola estruturou-se como um livro: linear, encadeado e segmentado. Para tudo é preciso de pré-requisito. Em nossas escolas impomos as normas da língua “culta” desprezando os saberes de “outros” meios culturais. Exclui-se a dimensão criadora e a língua passa a servir até mesmo como um instrumento de reprodução do sistema. Anulamos o diálogo e a reconstrução possível de sentidos, fechando o acesso que só poderia ser completado pelo leitor.
Para a autora as rupturas são tão radicais que exigirão, no campo educacional de uma releitura de Piaget, Vygotysky e Emília Ferreiro, e com a passagem do linear para o hipertextual, uma linguagem móvel e flexível, nossos currículos têm que ser revistos. E no campo relacional parece que as parcerias e a aprendizagem em conjunto serão inevitáveis. A escola precisa abrir-se ao outro, reconhecendo que a experiência do outro é fundamental para a constituição da subjetividade e para a produção de saber coletivo. Quanto ao espacial, construirmos uma escola aberta à pluralidade de vozes, todas as falas e todos os textos. Para ela a profissão de professor precisa ser reinventada, ela vê o professor como alguém que vem dialogar e criar condições necessárias para que todas as vozes sejam ouvidas e cresçam juntas.
Agora podemos projetar a nossa visão de mundo, a nossa cultura, os nossos sentimentos e vivências, e desta forma podemos analisar o próprio conhecimento das coisas e do mundo e fazer chegar a outros, culturas de outros lugares e de outros tempos. Agora a experiência pode ser compartilhada sem que o autor e o leitor participem necessariamente do mesmo contexto. A escrita vai ajudar a tecer as páginas da História através de documentos, vestígios, registros históricos, datas e arquivos, relativizando o papel da memória, e trazendo o sentido de linearidade, tudo passa a estar inscrito num formato cronológico. E o registro das experiências e das hipóteses, o conhecimento especulativo, o documento de comprovação, a compilação de teorias e paradigmas é que propicia o desenvolvimento da Ciência.
MARIA APARECIDA NOVAIS DO NASCIMENTO